Steve Jobs e Blumenau

A primeira notícia que ouvi ao ligar a televisão nesta quinta-feira foi sobre a morte de Steve Jobs.

Fui tomado por um profundo sentimento de tristeza. Até difícil de explicar. O mundo perde um gênio, e eu perco um grande exemplo.

Quem trabalha com informática como eu (desde 1976) e tem acompanhado a evolução dessa área sabe da importância de Steve Jobs para o setor de tecnologia.

Os usuários de seus belíssimos produtos também. Não podemos explicar como determinadas pessoas inovam em seus trabalhos, ao contrário de milhares que não são capazes de fazer e antever. Alguns são únicos, e Jobs faz parte desses seres humanos raros que infelizmente também passam como todos.

Blumenau também tem seus gênios. Grandes empresas de software blumenauenses, que vendem seus produtos em todo o Brasil, foram criadas por técnicos que tiveram visão, correram riscos e souberam vencer desafios. Ninguém pense que é simples criar uma pequena empresa, numa pequena cidade de Santa Catarina, longe dos grandes centros, para concorrer na área de tecnologia. Tem que existir perseverança e muita criatividade. E aqueles que conseguiram ficar vivos e crescer nesse mercado competitivo são simplesmente pessoas diferenciadas e também merecedoras do nosso reconhecimento.

Talvez seja mais fácil ser Steve Jobs nos Estados Unidos, assim como é mais fácil fazer sucesso em Blumenau do que em alguma cidade pobre de algum país pobre da África.

Mas para iniciar negócios não basta somente ter vontade, ser inteligente, correr riscos, ter capital, estar num bom mercado. Pode até ser tudo isso, mas o fato é que alguns sem todas essas condições conseguem, e outros com todos os benefícios naufragam.