A Blusoft completa 30 anos. Como nascem os polos de Tecnologia da Informação?
Publicado em 23/12/2022

A Blusoft completa 30 anos. Como nascem os polos de Tecnologia da Informação?

1991 - Hollywood em Blumenau

Blumenau é uma cidade linda, principalmente nos dias de sol. O fato ocorreu num desses dias ensolarados, enquanto uma jornalista e eu nos dirigíamos para o bairro Velha.

Eu, no papel de diretor comercial da Fácil (2), havia reunido-me com essa jornalista, representante de importante veículo paulistano, durante um almoço, para falar sobre o editor de textos Fácil. (3) Ela colhia informações sobre os principais softwares produzidos em Blumenau para uma matéria nacional. Voltarei ao fato após algumas informações sobre o editor de textos Fácil. O fato e o editor de textos estão intimamente relacionados com o nascimento de um polo. Polo é um fenômeno intersubjetivo, que somente pode ser observado graças a  existência objetiva de empresas e seus produtos.

Desde o lançamento do Editor de Textos Fácil, em 1987, era comum presentearmos jornalistas de todo o Brasil, de diversos veículos de imprensa, com nosso programa. Jornalistas escrevem muito e adoravam o Fácil, pois naquela época os principais editores de texto, os mais utilizados, “não falavam português”. A jornalista, que nos visitava em Blumenau, também utilizava o editor de textos Fácil.

Jornalistas que utilizavam o Fácil, principalmente os especializados em tecnologia, faziam matérias sobre ele, elogiando-o e indicando-o, ou simplesmente citando-o em seus artigos, como exemplo de um bom produto produzido no Brasil. Havia um certo orgulho, ao citarem um software de qualidade produzido na terra do samba e do futebol. Obviamente, isso ajudava nas vendas e na popularização de nosso produto.

Apenas como exemplo, o jornalista Manoel Barbosa, do Diário de Pernambuco, escreveu sobre a versão 6.0 do Fácil para DOS:

[…] é surpreendentemente eficiente. Há, realmente, tantas facilidades que, no primeiro momento, é difícil de acreditar: já está hifenizado, as separações silábicas são corretas; padrão de escrita é justificado [alinhado por ambas as margens], mas é possível fazer qualquer alinhamento com rapidez e a acentuação… ah! É o céu. Até parece mentira para quem sempre tem problemas com ela — e quem não tem um PC com teclado importado? (4) [grifo meu]

Stephen Banker, jornalista da mundialmente famosa revista Byte americana, escreveu:

There were some signs, however, of what may prove to be a fertile ground. A Brazilian company, Fácil Informática, showed a word processor for Windows that seemed to be competitive with Word for Windows 2.0 and even performed rapid on-the-fly formatting in preview mode. (5)[grifo meu]

Em uma entrevista para um jornal, o então presidente da FENASOFT, Maximiano Augusto Gonçalvez Filho, ao responder à pergunta de uma jornalista, sobre que softwares levaria para uma ilha deserta, afirmou que um deles seria o Fácil. O Max, como era conhecido, adorava escrever.

O Fácil foi o primeiro editor de textos, desenvolvido no Brasil, que realmente se igualava e rivalizava com os produtos estrangeiros em termos de funcionalidades, mas o grande diferencial era a adaptação ao idioma português.

O Fácil era WYSIWYG — What you see is what you get [O que você vê é o que você obtém]. O que está na tela é uma representação fiel do que será impresso. Stephen Banker citou o termo “on-the-fly”, para expressar isso para o Fácil para Windows, mas o Fácil DOS sempre foi assim, com as restrições da época.

Parece óbvio afirmar isso hoje em dia, mas para ter-se uma palavra acentuada nos editores de texto americanos era uma verdadeira epopeia, antes do Windows. Pressionava-se algumas teclas, e na tela, para cada letra acentuada, apareceriam normalmente três caracteres. Esses caracteres eram artifícios que davam comandos para a impressora fazer a letra e o acento. O texto ficava muito poluído e de difícil leitura na tela — afinal, em português, (6) temos muitas palavras acentuadas, incluindo-se a cedilha. O Fácil também fazia uma hifenização perfeita e graciosa, atributo que os editores estrangeiros não dispunham, sem falar em muitas outras características para o mercado brasileiro, como salienta Manoel Barbosa.

O editor de textos Fácil, feito em Blumenau, além de ser utilizado por jornalistas, também era um produto de utilização massiva, generalizada, diferente de outros produtos para nichos específicos, e chamava a atenção para Blumenau. Em Blumenau outras empresas já apresentavam produtos inovadores, de grande sucesso nacional, como a WK (www.wk.com.br), mas eram para nichos específicos. O editor de textos sempre foi um produto mais glamoroso.

Voltando ao fato.

A jornalista, com a qual almocei, estava encantada com a cidade. O almoço no restaurante Frohsinn tinha sido perfeito. Comida boa, local agradável, vista linda. E todo aquele esplendor de Blumenau com suas construções de estilo germânico.

Após o almoço, já com nossa entrevista concluída, ela disse-me que gostaria de comprar roupinhas para uma sobrinha de 4 anos. Perguntou-me em que local ela poderia achar produtos mais em conta. Eu afirmei que conhecia uma confecção, cuja dona era amiga de longa data, que se situa no bairro Velha, e que eu a levaria até lá antes de a deixar no hotel.

À medida que rumávamos para o local das compras, eu ia falando mais um pouco sobre a história de Blumenau e a razão de termos muitas empresas de software de destaque na cidade.

No semáforo que existe até hoje, no entroncamento da Rua Sete de Setembro com a Rua João Pessoa, paramos atrás de um caminhão, carregado de areia, que aguardava o sinal verde para seguir viagem. Ao lado direito da via, um pouco à nossa frente, havia um supermercado. Logo à frente do caminhão, um pequeno Chevette modelo Hatch, conduzido pelo Alberto,(7) saiu do estacionamento do supermercado lentamente, posicionando-se transversalmente à frente do caminhão, pois não tinha espaço para se posicionar de outra forma. O pequeno veículo também aguardava o sinal verde para seguir seu caminho, antes do caminhão. Bastaria o caminhão aguardar poucos segundos e tudo transcorreria normalmente. E Blumenau continuaria agradável, bucólica e linda. Mas não foi o que houve.

Ninguém sabe a razão, somente o motorista do caminhão, pois ele avançou com seu caminhão de várias toneladas sobre o Chevette. A partir daí, o que se viu foram cenas de Hollywood em plena Rua Sete de Setembro. O pequeno Chevette sendo arrastado e destruído aos poucos. Alberto disse-me que se dobrou sobre os bancos dianteiros e ficou aguardando o desenrolar dos fatos, desesperado e rezando para sair vivo daquela armadilha. A via de rolamento era de paralelepípedos e o que mais impressionava, naquela cena, era o fato de o carro travar os pneus nas pedras ao ser arrastado, amassado, e então os pneus se liberavam, o veículo pulava e estilhaços de vidros eram lançados. O carro era novamente arrastado, travava, amassava, liberava-se e pulava novamente. Esse processo se repetiu por mais ou menos trinta ou quarenta metros.(8) O enorme caminhão atravessou o cruzamento arrastando o pequeno veículo, que ficou completamente destruído.

— Meu Deus, o que é isso? Que cena horrorosa! — Gritava ao meu lado a jornalista, completamente transtornada com o evento inusitado.

— Não te preocupes, isso é normal em Blumenau. Já vi piores. O motorista do caminhão está apenas um pouco estressado — Falei para a jornalista, num tom irônico que parecia expressar uma grande verdade.

Enquanto ela digeria minha observação, tentando entender, apesar da cena lamentável, eu afirmei que o que eu dissera era brincadeira para acalmá-la. Eu também estava completamente transtornado com o evento e preocupado com os desdobramentos. Nunca tinha presenciado nada igual na vida. Cenas como aquelas somente em filmes de Hollywood. Apesar de tudo, o Alberto nada sofreu.

 Como nascem os polos de tecnologia da informação?

A jornalista veio para Blumenau por que gostava do Editor de Textos Fácil e gostaria de entender como um produto brasileiro, tão bom e competitivo, poderia ser criado num município do interior e não numa das grandes capitais. Na conversa inicial que eu tive com ela, ao telefone, expliquei-lhe rapidamente e ela então interessou-se em conhecer a história e saber sobre outros produtos de relevância desenvolvidos na cidade.

Estudos sobre os polos de tecnologia, existentes em diversos países e em regiões diferentes desses países, demonstram que seus inícios ocorrem por conta de fenômenos variados. Não há uma fórmula única a ser aplicada, uma idealização, que conduza à formação de polos com empresas de tecnologia se aglutinando.

Blumenau é um exemplo, embora se possa atribuir o começo do polo de tecnologia, mormente o de desenvolvimento de softwares, à ideia de Ingo Greuel e Décio Salles, dois “[…] loucos por abandonarem um emprego estável em um banco e se lançarem no então misterioso mundo dos computadores. Fascinados pelas máquinas capazes de automatizar tarefas, e vislumbrando a possibilidade de incorporá-las à administração das empresas, fundaram, em março de 1969, o Centro Eletrônico da Indústria Têxtil, o Cetil […]”,(9) com capital de 13 indústrias têxteis que, de forma colaborativa, acataram uma ideia inovadora e arrojada. Blumenau, como importante polo têxtil, foi capaz de dar uma passo adiante e transformar-se também num polo de software.

A essa iniciativa, principalmente, deve-se o surgimento de muitas outras empresas de desenvolvimento de software — em um processo de spin offs, futuras startups — que começam com técnicos que adquirem experiências em empresas como a CETIL — até hoje ainda cito “o Cetil” em conversas, por conta do termo “Centro eletrônico”.  Grandes e médias empresas de Blumenau, líderes em seus segmentos, nasceram dessa forma.

De forma espontânea, não idealizada, não sonhada, Blumenau se tornou um importante polo de desenvolvimento de softwares.

Por outro lado, os mesmos estudos demonstram que uma vez iniciado o processo embrionário de um polo, há certas condições necessárias, embora não suficientes, que são similares para que eles se mantenham e continuem se desenvolvendo.

Dentre essas condições destacam-se:

a) uma cultura fortemente empreendedora, em que indivíduos estão dispostos a correr riscos e viver num ambiente de incertezas;

b) um sistema educativo bem estruturado, desde o ensino fundamental até os níveis superiores, passando por escolas técnicas;

c) cursos rápidos para introdução de jovens no mercado de trabalho;

d) abundância de mão de obra qualificada;

e) ambiente favorável ao desenvolvimento de novos negócios.

1991 - Nasce a Fundação Blusoft

Deve-se incluir nesses itens citados, o surgimento de entidades como a Blusoft. Essas entidades nascem com a missão de identificar os pontos de interesse dos diversos atores presentes na comunidade e de instá-los a colocar esforços na manutenção do polo.

O papel principal da Blusoft sempre foi o de divulgar, para fora dos limites da cidade, que Blumenau  desenvolve produtos de qualidade na área de TI. Bem como, o de criar uma cultura empreendedora em Blumenau, com destaque para a disponibilização de espaços em uma incubadora de novas empresas, na área de desenvolvimento de softwares, além de inseri-las no mercado local e nacional.

Pode-se destacar ainda, os papeis de instigar a criação de um sistema educativo, para formação de técnicos da área, e de manter ela mesma cursos rápidos para jovens que iniciam suas jornadas no mercado de trabalho. Em termos de cursos rápidos, a Blusoft foi a primeira a criar um programa de formação de jovens programadores, no final da década de noventa, denominado Programando o Futuro.(10) Destinava-se a jovens a partir dos 16 anos. Esse curso foi citado em relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe:

Finalmente, ainda são reduzidos os espaços efetivos de cooperação entre as empresas. Isso parece explicar-se, antes de mais nada, pelas disputas em torno à escassa mão de obra qualificada, como foi assinalado por Stammer (1996) em uma pesquisa anterior e confirmado durante a pesquisa de campo. Se assim for, então são fundamentais as iniciativas dirigidas a ampliar a formação de pessoal especializado, já que poderiam superar um ponto importante de estrangulamento das empresas e ao mesmo tempo encontrar o caminho para uma melhor interação entre elas. Este é o grande valor da iniciativa em curso, denominada “Programando o Futuro”, que deveria receber adesão prioritária do conjunto de empresas e instituições locais.(11)

A prefeitura de Blumenau, participante da Blusoft, esteve sempre junto nas ações que visavam criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de novos negócios na cidade. Como exemplo, em 1995, por solicitação dos empresários, a prefeitura fez uma redução substancial na alíquota do imposto municipal sobre serviços. Salienta-se que essa redução foi benéfica para a cidade. Em pouco tempo as receitas de ISS, oriundas desse setor, retornaram ao seu patamar e continuaram aumentando.

O atual prefeito, Mário Hildebrandt, na solenidade comemorativa dos 30 anos da Blusoft, afirmou que em breve o setor de serviços de Blumenau representará a maior arrecadação da cidade.

A Fundação Blumenau Polo de Software — Blusoft — nasceu em 27 de fevereiro 1991.

Eu afirmei acima que, não há uma fórmula única a ser aplicada, uma idealização, que conduza à formação de polos. Mas, assim como as empresas que formam um polo podem ser idealizadas, organizações como a Blusoft também podem.

A ideia de criação da Blusoft e a coordenação do projeto foram de Sebastião Tavares Pereira. Ele era o presidente da Associação das Empresas de Serviços de Processamento de Dados Nacional — ASSESPRO(12) —, funcionário da CETIL e presidente do Sindicato das Empresas de Processamento de Dados do Estado de Santa Catarina — SEPROSC.(13)

Quatro entidades foram convidadas por ele para dar suporte à Blusoft, além dos denominados “sócios fundadores” presentes no primeiro estatuto. A Associação das Empresas de Serviços de Processamento de Dados Regional Santa Catarina — ASSESPRO — era uma delas.(14) Eu era o presidente na época e, por esta razão, coube-me o privilégio de entregar o projeto ao então Prefeito Victor Fernando Sasse.

Sebastião Tavares Pereira (dir.) e Carlos José Pereira (esq.) na assinatura do projeto de criação da Blusoft.

Participavam também da criação da Blusoft, Associação Empresarial de Blumenau — ACIB —, Prefeitura Municipal de Blumenau e Fundação Universidade Regional de Blumenau — FURB.(15)

Algumas pessoas físicas, representando empresas de TI, também apoiaram assinando o projeto. Em ordem alfabética: Carlos José Pereira — Fácil Informática Ltda. —, Cézar Dias Gonçalves — CD Informática Ltda. —, Estanislau Mário Balzan — WK Sistemas Ltda. —, Ingo Tiergarten — Megasul Informática Ltda. —, Jorge Édson da Silva — PC Auxiliar Ltda. —, Jarbas Mendes — Mendes Engenharia Ltda. —, Laudelino Marcos Silva — CETIL —, Paulo Costa — Cybertron Computadores Ltda. —, Roberto Pedro Prudêncio Filho — Alcance Informática Ltda. —, Rui Leopoldo de Souza — Companhia de Software —, Severino Benner — Atua Informática Ltda. — e Werner Keske — WK Sistemas Ltda. Alguns desses, posteriormente, foram elencados no primeiro estatuto como sócios fundadores e tiveram direito a voto, similar aos representantes das entidades.(16)

Deve-se destacar a importante participação do jornalista Carlos Tonet, pois o plano previa uma fixação da imagem de Blumenau, principalmente por meio de releases para toda a imprensa nacional, destacando o município como um “polo provedor de tecnologia de ponta, capaz de produzir softwares em quantidade e qualidade”.(17) Tonet liderou esse processo de divulgação com muita competência. A mensagem principal transmitida, com a criação da Blusoft, era: “Blumenau é também tecnologia”.(18)

Não se poderia deixar de citar a então secretária de Desenvolvimento Econômico da prefeitura de Blumenau, Claudia Siebert, que encampou a ideia e levou-a ao então prefeito Victor Fernando Sasse, outro entusiasta com o potencial das empresas de tecnologia.

Ao longo dos anos, outro profissional se destacou pelo comprometimento com a entidade, Charles Schwanke, administrador da Blusoft em diversas gestões. Durante minha gestão, ele desempenhou papel importante como profissional, amigo e conselheiro.

Blumenau tem mais empresas de software do que padarias

A Blusoft realizou, em 21 de outubro de 2022, uma solenidade para comemorar os 30 anos de fundação, oportunidade em que fez homenagens entregando troféus. Dentre os homenageados estavam os ex-presidentes da entidade ao longo desses anos, o Jornalista Carlos Tonet e Charles Schwanke.

Fui um dos sócios fundadores da Blusoft e presidente da entidade no período 1998-2003. Enquanto presidente da entidade, cunhei uma frase para dar a dimensão da quantidade de empresas de softwares que tínhamos em Blumenau em relação ao número de habitantes: “Blumenau tem mais empresas de software do que padarias”.(19) O ex-governador Esperidião Amin, além de outros políticos, repetia essa frase em eventos que participava pelo Brasil.

Estão de parabéns organizações como ASSESPRO, ACIB, FURB e Prefeitura de Blumenau, bem como todas as pessoas que contribuíram para a criação dessa importante entidade, principalmente Sebastião Tavares Pereira.

Tavares Pereira, idealizador e desbravador, teve a visão de que uma entidade, como a Blusoft, poderia dar contribuições importantes para a afirmação e continuidade de um polo que despontava.

Nesses 30 anos, a Blusoft tem prestado serviços relevantes para a comunidade empresarial blumenauense da área de tecnologia da informação, com reflexos econômicos e sociais importantes para a cidade de Blumenau.

 


Artigo publicado no Noticenter em 28/12/22. <https://www.noticenter.com.br/n.php?ID=32579&T=a-blusoft-completa-30-anos-como-nascem-os-polos-de-tecnologia-da-informacao>.

(1) https://www.oanalistadeblumenau.com.br/

(2) FÁCIL. Neste caso, a empresa Fácil Informática Ltda. — www.facil.com.br.

(3) FÁCIL. Nome de nosso principal produto na época, o Editor de Textos Fácil. O nome da empresa originou-se do nome do produto.

(4) BARBOSA, Manoel. Fácil o caminho alternativo. Diário de Pernambuco; Ciência e tecnologia, 26/05/1991, p. 1.

(5) “Houve alguns sinais, no entanto, do que pode vir a ser um terreno fértil. Uma empresa brasileira, a Fácil Informática, apresentou um processador de texto para Windows que parecia ser competitivo com o Word para Windows 2.0 e ainda realizava uma formatação rápida em tempo real no modo de visualização.” [Tradução do Google translator]

BANKER, Stephen. The world’s largest computer show. Revista Byte; report from São Paulo; 01/11/1992, p. 45-46.

(6) Na época, nosso assessor de imprensa local era o Carlos Tonet. Ele criou um slogan muito chamativo e que dizia tudo: “Fácil, o português tranquilo.”

(7) Nome fictício. Eu sei o nome dele, pois fui testemunha em audiência no tribunal, mas não desejo declarar aqui. Encontrei com ele anos mais tarde e ele me informou que perdeu a ação contra a construtora dona do caminhão.

(8) Fiz um depoimento similar para o juiz do processo.

(9) MACHADO, Pedro. Prefácio; in: PEREIRA, Carlos José. O analista de Blumenau. 1 ed. Blumenau: Nova Letra, 2012, p. 7.

(10) O CETIL tinha essa prática, para formar programadores para seus próprios quadros. Eu mesmo, egresso de um desses cursos em 1976, fui contratado pela CETIL e depois assumi como professor de alguns deles em Blumenau(SC), Maringá(PR) e Campo Grande (MS).
Enquanto presidente da Blusoft, fui procurado pelo empresário Guido Heinzen, no final da década de noventa, reclamando da falta de mão de obra, afirmando que deveríamos fazer algo a respeito a partir da Blusoft. Foi então que idealizei o Programando o futuro.
O nome foi sugestão do então secretário de Desenvolvimento Econômico da prefeitura de Blumenau, João Krein. O professor Roberto Heinzle da FURB foi o responsável pelo criação do conteúdo programático e o CEDUP, gentilmente, ofereceu espaço para as aulas, ministradas por professores da FURB.

(11) BERCOVICH, Néstor;SCHWANKE, Charles. Cooperação e competitividade na indústria de software de Blumenau; Santiago : Publicación de las Naciones Unidas, 2003, p. 38.

(12) Atualmente se denomina “Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação”. Disponível em: <https://assespro.org.br/sobre/>. Acesso em: dez. 2022.

(13) Fonte: “Projeto Blumenau Pólo de Software” de vinte e sete de fevereiro de 1991.

(14) Ibidem.

(15) Ibidem.

(16) Ibidem.

(17) Ibidem.

(18) Ibidem.

(19) Uma história de sucesso e adaptação. Revista Empresário: Blumenau, Mundi, jul. 2009, nº 27, p. 10-12. Disponível em: . Acesso em: maio. 2022.

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